quarta-feira, 27 de julho de 2011

Aniversário

Tem vezes que parece haver uma nuvenzinha negra sobre nossas cabeças. Nessa última semana foi assim: compramos um carro- coisa boa, queríamos já há um tempo. Quase que imediatamente eu perco a carteira, não, não fiz 20 pontos, ela sumiu simplesmente. Estou esperando a segunda via.
Claro que fiquei decepcionada. Para completar Papai do Céu resolveu ainda fazer chover esses dias e eu tinha que ir e vir me molhando, com o carro – abastecido! – na garagem.
Depois disso eu ainda consegui queimar minha máquina de lavar – de longe o eletrodoméstico mais útil em uma casa. Agora espero o resultado do prejuízo, na forma do orçamento do concerto, com o técnico que a levou.
É claro que fiquei fula! Braba! Chateada!
Mas hoje acordei bem. Acordei feliz e disse ao meu marido: “Feliz aniversário amor!!!” Ganhei café na cama, o que é habitual, mas hoje foi com um esforço que meu marido me trouxe, uma vez que ele estava atrasado.
Hoje é aniversário do nosso casamento. Faz quatro anos que casamos. É também o aniversário natalício dele, foi ele quem escolheu a data. Escolhemos casar de “papel passado” justamente porque iríamos nos separar. Casamos em julho, no início de agosto ele mudou para São Carlos e eu fiquei em Curitiba. Só começamos a viver juntos em dezembro, mas ainda não era certo, dependia de um emprego, que afinal eu acabei conseguindo. ’
Antes de casar eu achava que não havia diferença entre casar “papel passado” e morar junto, foi só depois que casei e fiz uma festa bem inusitada, bem ao nosso gosto, que percebi que há diferença sim! A diferença se realiza porque eu estava tão feliz, tão feliz, tão feliz que queria dividir com as outras pessoas que eu amava. Além disso, meu casamento trouxe outras coisas boas para mim: como uma reconciliação com minha irmã, nos falávamos e tudo mais, mas estava com a relação estremecida. Minha irmã cuidou tanto de mim e do meu casamento que tudo deu certo. Também fiquei muito feliz por minhas melhores amigas virem de outras cidades só para o casório.  Foi muito legal.
Bom antes de terminar tenho que registrar um conselho a pessoas que ficaram noivas ou pensam em casar: Não escutem as muitas pessoas que dirão: “casar pra quê?” “Ficou maluco (a)?” Casamento é uma experiência pessoal, que pode ser boa ou ruim, mas você só vai saber casando. Então, se você já é adulto (pessoalmente acho importante uma certa maturidade pessoal para casar) e tem certeza do que está fazendo: case!
Joviais e balzaquianas saudações!

domingo, 3 de julho de 2011

ELE, CARMEM, WILLIAM E HORÁCIO



Carmem, William, Horácio. Estes três na minha cama fazem um belo domingo! Acordei tarde e quando dei por mim já estava na envolvida com essas figuras enquanto o sol escapava pela cortina entreaberta e teimosamente esquentava meu pé.
Sem dúvida esse é um ótimo jeito de começar o “dia de descanso”: ouvíamos Carmem, ópera de Bizet, meu marido lia Romeu e Julieta, de William Shakespeare, e eu era apresentada ao maravilhoso Horácio Quiroga.
Sem a rotina do “dia de semana”, temos domingos assim: por vezes de literatura, como hoje, outros de gastronomia, quando ficamos o dia todo as voltas com panelas ou passeios e amigos, e ainda os de futebol, quando o dia se passa entre mesas redondas e partidas. Apesar do começo literário, o futebol virá já que hoje é a seleção que joga.
O bom disso tudo, na verdade é a forma que esses domingos se dão, principalmente pelo sentimento que envolve meu marido e eu. Com o silêncio companheiro da leitura que cada um faz, a conversa com outros - que torna olhares nosso melhor meio de comunicação ou simplesmente uma forma de certificar-se de que o outro está bem. No caso do domingo ser de esportes há as concordâncias e discordâncias, o pênalti que houve ou não, o craque que já foi ou será. Enfim, são domingos prazerosos.
Melhor que isso só quando temos clareza sobre aqueles que nos cercam – mesmo a distância, sobre como os amamos e como a vida se dá. Como ela é difícil e espinhosa, mas bela e gratificante.
Sentir tudo isso com esses quatro na cama: o amor de minha vida, Carmem, William e Horácio, lembrar de tudo o que tenho e o que ainda vou construir me fazem suspirar feliz!
Bom domingo.
Joviais e balzaquianas saudações.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Esclarecimento

Conversando com uma amiga, percebi um pequeno problema: a foto que abre o blog não tem legenda. Pode parecer mentira, mas a fotógrafa dessa foto sou eu! Eu a tirei quando fui conhecer o litoral capixaba. Lindo, não?
Quando cheguei ao balneareo, que chama "Castelhanos" e fica em Itapemirim (eu acho) fiquei emocionada. Tudo bem que não conheço muitos lugares, mas até a data de hoje é o lugar mais lindo que vi. Tem, na minha opinião um defeito grave: a água é gelada. Parece que colocaram cubos de gelo de tão fria. Eu que gosto de um mergulho sofro bastante. A sorte é que o visual compensa.
Deve parecer estranho postar a beleza cinza de Curitiba e também elogioar o mar capixaba! Mas o olhar mais sensível vislumbra tudo: o mar capixaba é de beleza tradicional, ninguém contesta, já Curitiba é da beleza que vem do coração, da forma como eu vejo a cidade.
Até segunda ordem me divido entre as duas belezas, indo e vindo nesses lugares. Definitivamente não é algo ruim!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Frias e belas terras


Direto das frias terras paranaenses! Estou com minha família em Curitiba. É um tal de ficar com o pai, ir para a madrinha, enfim uma DELÍCIA!
Amo minha casa no Espírito Santo: é uma terra linda, de paisagens sem igual, de um pôr-do-sol deslumbrante, mas esse acinzentado curitibano de inverno pra mim é melhor! Claro que o que me faz achar isso são as relações afetivas que eu tenho aqui. É ao crepúsculo estar conversando com minha madrinha. É meu pai reclamando que não dá pra ser feliz no frio. É minha irmã com camadas e mais camadas de blusas de lã – muito mais que o necessário É minha madrasta andando de um lado para outro, fazendo mil coisas. São minhas tias tomando café e conversando, sempre acaloradamente, aos domingos.  Tenho certeza que é por isso que as cores curitibanas me parecem tão belas e felizes, mesmo quando cinza.
Eu gostaria de ficar mais tempo. Ir a Ponta Grossa, rever amigos, conhecer as crianças que nasceram. Não consegui nem ver a filhinha de uma amiga que mora na região metropolitana. Mas mesmo isso me deixa feliz. Não consegui porque os parentes próximos não deixam. Meu pai e minha madrinha são suficientes para eu ter o que fazer um milhão de coisas – e isso é o máximo. Até o ataquezinho de ciúmes do meu pai me deixa lisonjeada!
Mas minha vida é boa! Tenho que voltar para o Espírito Santo, para meu marido e isso também me deixa feliz. Vai ser bom matar a saudades que já estão grandes.
Talvez esse sentimento mereça um texto só para ele. Então paro por aqui.
Joviais e Balzaquianas saudações!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Assuntos variados



Morar em uma cidade do interior tem inúmeras vantagens e outras tantas desvantagens.
Como mudei a pouco para uma nova casa estive provando as desvantagens. Serviços certamente não são executados aqui como em uma cidade maior. Mas fazer quê? Só ter paciência.
Acontece que essa semana além de confusões por serviços enrolados, mal prestados e afins estou com outro grande problema: duas amigas daquelas que se guardam no coração fizeram aniversário e não consegui sequer falar com elas. Isso me chateia profundamente ainda mais porque acredito que ambas estão na mesma cidade e seria maravilhoso vê-las nessa data. Fico me perguntando se elas comemoraram ou comemorarão em algum momento juntas. Num passado que compartilhamos a resposta seria certa: sim! Hoje tenho a impressão que eu estou mais próxima das duas do que elas entre si. Nada que tenha acontecido, só a vida que aproxima e afasta pessoas.
Enfim, se lerem esse texto saibam que moram no meu coração.
Como faz tempo que não escrevo tem mais coisas a contar: fiz o concurso dos Correios. Acho pouco provável que passe, muitos candidatos, poucas vagas, prova excessivamente fácil, essas coisas... Mas fico pensando se eu passar: será muito estranho e engraçado eu trabalhando numa agência dos Correios, sem criança, sem planejamento, sem cadernos, sem tudo que aprendi a fazer. Seria engraçado, mas bom. Diferente dá medo, assusta, mas algumas vezes á bom!

Joviais saudações

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Livros e Filmes

Eu gosto muito de ler. Se eu gosto de um livro eu o devoro... Também gosto de cinema, só que em proporção menor. Até hoje nenhum, absolutamente nenhum filme que tenha visto supera o texto que tenha lhe dado origem, obviamente daqueles que li e que vi o filme. Eu disse até hoje.
Muito animada saquei da estante Rudyard Kipling. Comecei a ler a coletânea de contos dos “Clássicos Abril”. Como eu sempre respeito à ordem dos contos pensada pelo autor/editor li o primeiro. Levei quase uma semana pra ler pouco mais de 40 páginas, mesma quantidade que leio usualmente em uma hora. Mas não desisti, na verdade queria ler “Mowgli”, pois o filme tem um lugar nas boas lembranças daquele tempo em que somos inocentes.
Com muito esforço cheguei até o tal conto. E li. Inteiro.
Resultado: o filme vai continuar na memória, já o livro acaba de voltar pra estante sem que eu tenha terminado – um dos poucos na minha vida, pois eu geralmente termino o livro que começo a ler e o filme que começo assistir, por pior que me pareçam.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

TPS - ou Tensão Pré Sogra

Existem coisas na vida que precisamos registrar quando ocorre sob a possibilidade do tempo fazer com que nossas percepções mudem drasticamente nossos sentimentos. Para garantir que isso não ocorra escrevo hoje. Aconteça o que for de agora até domingo preciso registrar o que está se passando agora.
Estou recebendo a visita de minha sogra. Estive muito preocupada com isso, pois da última vez que nos encontramos foi um desastre. As circunstâncias eram muito diferentes, estava na casa dela, com o Giba trabalhando feito um louco. Palavra de honra que reviso sempre minhas ações e não consigo ver algo que justificasse a explosão de minha sogra. Porém o que houve na ocasião não é relevante. A questão é que ela veio me visitar.
No começo fiquei braba, chateada, não pela vinda em si, mas por isso significar que eu não iria ao Paraná, ver “a parentada”. Depois pensei: o que se há de fazer? Mesmo assim fiquei apreensiva. Meu marido também ficou, mas sem falar nada...
No fim, depois de altas aventuras por parte dela que se recusando pegar um vôo, enfrentou vinte e quatro horas de viagem, tudo parece bem. Claro, aqui é diferente, aqui é minha casa, mesmo assim a gente sempre teme!
 Claro que meu marido muito esperto está ajudando, hoje ele convidou um amigo para almoçar conosco. Uma figura maravilhosa: muito animado, alegre, querido, uma alma singularmente boa. E ainda conhecido da minha sogra. Perfeito!
Para melhorar a coisa essa figura já combinou, junto com outros amigos, para irmos amanhã ao litoral num festival de mariscos e minha sogra topou! Gente – e ainda melhor, minha gente – ajuda a dissipar qualquer tensão.
Então o que quer que aconteça até agora tudo está bem e isso já é ótimo!